domingo, 26 de julho de 2015

OCTOPUS'S GARDEN (Polvo Grelhado ao Azeite de Açafrão)

Hello Everyone!

O texto de hoje é um texto sobre amizade e que devia ter sido publicado no dia do amigo (20 de julho!), mas eu tinha coisa melhor para fazer, então não foi.

Toda a nossa prática gastronômica parte de um princípio muito simples: faça seus amigos felizes com comida. Seguindo esse mantra, adoramos receber e fazer almoços e jantares para os nossos amigos, seja em Porto Alegre, Natal, Rio de Janeiro ou Porto Velho. E isso nos motiva a tentar fazer sempre pratos melhores, maiores, mais mirabolantes, mais inovadores e, porque não, pantagruélicos, que é uma palavra que eu não sei muito bem o que significa, mas me pareceu um adjetivo apropriado.

Percebam, dentre todas as milhares dezenas de pessoas que nós alimentamos ao longo dos anos, nós tínhamos uma pessoa que se dizia nossa grande admiradora, e que tinha um lugar todo especial no nosso coração. Tão especial que nós chegamos a fazer almoços de Páscoa especiais para essa pessoa. Erramos o dia de comer peixe, mas e daí? A intenção era boa. Enfim, o tipo de pessoa especial com quem se compartilha momentos especiais, cantando a música do jumento dos saltimbancos depois da meia noite.  Não quero citar nomes, então vamos chamar essa pessoa de... Fabiane (não é o nome real).


Ela ainda nos fez uma placa. Que agora será conhecida como a placa da traição.

Essa história trágica de amizade perdida começou justamente no dia em que resolvemos fazer polvo. Polvo é algo que é fácil de estragar ou ficar borrachudo, mas descobrimos uma receita prática para solucionar esse problema. E o resultado final foi glorioso: um polvo macio, mas com uma levíssima crosta por fora e um tempero suave que contemplava todo o esplendor do nobre molusco. Enfim, ficou bom bagarai.

E nós mal podíamos esperar para compartilhar com nossos amigos! Mil planos para colocar o polvo num jantar futuro. E mais, pensando: "Poxa, devíamos ter chamado a Fabiane hoje!". Foi então que mandamos fotos do prato final para os nossos amigos. Sim, nós somos o tipo de pessoa que usa o Whatsapp para isso. E qual foi a reação geral? Chutem, qual foi a reação?

"Muito exótico para mim"! "Deve ser bom, para quem gosta"! "Não curto polvo". "Confesso que não sei se tenho coragem rs." "Não gosto da textura dele, Di".

Vejam bem, tudo isso faz parte. Não se pode agradar a todos. A gente entende. Contudo, não estávamos preparados para a reação da nossa "maior admiradora":

"Já comi... mas não é nada d+ pra mim. Normal".

Retratado: a nossa reação ao comentário.

Essa é a pior coisa que ela já me fez. E olha que ela me deixou 4 dias internado no hospital com catapora. #truestory

Mas pouco importa. Juntamos os cacos do nosso coração partido e seguimos em frente. Encontramos novos amigos que adoraram o polvo. E aqui vai a receita, para os nossos novos amigos, para os amigos do polvo.
Um abraço com oito braços para todos os amigos do polvo!

Rendimento: 4 pessoas (contando acompanhamentos)
Tempo de preparo: 30 minutos (sem contar os acompanhamentos)

Ingredientes:

- 1 polvo inteiro de mais ou menos 1,2kg depois de limpo (ou 2 de 600g, ou 3 de 400g, ou 4 de 300g...);
- 1/2 limão siciliano;
- 1 cebola média;
- 2 folhas de louro;
- 100 ml de vinho branco seco;
- Azeite;
- Açafrão da terra em pó;
- 4 dentes grandes de alho;
Sal e pimenta do reino.
- Alecrim;
- 2 colheres de sopa de manteiga (pode ser clarificada);
- Amêndoas laminadas (opcional, mas agrega);
- Pimenta caiena (opcional)

Como fazer?

- Bom, contando que o seu polvo já foi limpo na peixaria, passe uma boa quantidade de água fria por ele, para limpar bem. Coloque-o na panela de pressão com meio limão siciliano, a cebola média descascada (cortando as pontas, mas sem picar ou fatiar), o louro e o vinho branco. Não precisa colocar água! Feche a panela de pressão e deixe cozinhando até pegar pressão. No momento em que pegar a pressão, conte 10 minutos (ou cronometre, se você não tiver paciência para ficar contando...). Deu 10 minutos, tire do fogo e esfrie a panela com água fria na pia, até perder a pressão, e abra a panela. O resultado final deve ser algo parecido com isso aqui:

Porém sem filtro. 

- Em uma vasilha pequena, coloque 80 ml de azeite, 2 dentes de alho fatiados, uma colher de chá de açafrão em pó e um pouco de alecrim. Se quiser, coloque uma pitada de pimenta caiena. Misture tudo bem: você vai usar essa mistura para pincelar o polvo quando ele estiver grelhando.
- Corte os tentáculos do polvo aproveitando o máximo que puder. A base dos tentáculos também tem uma carne bem macia e saborosa, corte-a em pedaços pequenos. A cabeça do polvo, se estiver bem limpa, também pode ir para a grelha (ela vai perder muito o tamanho). Apenas a parte perto da boca do polvo deve ser descartada.
- IMPORTANTE: NÃO JOGUE O CALDO FORA. Você vai usar algumas colheres dele para fazer o molho para o seu polvo; o restante, depois de devidamente peneirado, pode ser congelado para fazer excelentes risotos de frutos do mar.
- Se tiver uma churrasqueira dando sopa, use-a para grelhar o polvo. Caso contrário, aqueça uma bistequeira (ou mesmo uma boa frigideira) untada com azeite e coloque os tentáculos, alguns por vez. Pincele com a mistura de azeite com açafrão e tempere com sal e pimenta do reino cada tentáculo. Um minuto e vire. Pincele o outro lado, e mais um pouco de sal e pimenta do reino. Trinta segundos e retire da grelha. Faça isso, alguns pedaços por vez, até ter feito todos os pedaços.
- Para o molho, ponha as duas colheres de manteiga em uma frigideira em fogo baixo. Quando derreter, coloque os outros dois dentes de alho picados e, em seguida, as amêndoas laminadas (opcional). Quando o alho começar a dourar, acrescente umas 3-4 colheres de sopa do caldo do polvo, um pouco de sal e o que sobrar da mistura de azeite com açafrão que foi usada para grelhar o polvo e está pronto para ser servido junto ao polvo para dar um toque final!

Dicas de acompanhamentos: arroz branco é sempre bom, purê de mandioquinha (batata baroa ou batata salsa) e ervilhas tortas firmes arredondam bem o prato.

I'd ask my friends to come and see, an octopus' garden with me,
mas eles disseram que não gostam de polvo, então nunca mais
chamamos a Fabiane para almoçar nos sábados. 



quinta-feira, 23 de julho de 2015

LINGUINE COM VÔNGOLES E CAMARÕES

Há alguns anos, estava no Rio de Janeiro esperando alguém, em algum lugar, por algum tempo... é acho que não lembro muito bem dessa história. Mas relevem os dados e fatos imprecisos. Enfim, como eu precisava fazer hora, enquanto eu esperava a tal pessoa, resolvi entrar em uma livraria (que também não lembro qual era, mas tenho uma vaga lembrança que era a Travessa). Na época, estava lendo um livro daqueles que prendem a atenção - mas, óbvio, também não lembro qual era o livro. Isso tá pior do que contar um sonho, onde você vai aos poucos percebendo que as coisas simplesmente não se encaixam. Mas, voltando... Fiquei um tempão na livraria esperando, quieta, entretida com um livro que eu já tinha, e que, portanto, não iria comprar. Sei que quando estava saindo da livraria bateu um leve constrangimento de ter ficado abrigada ali por tanto tempo e sair sem despender nenhum centavo, que resolvi comprar um livro de massas e molhos. Dei uma olhadinha no livro e por muito tempo não o usei de fato. Até que um dia resolvi resgatar uma receita de lá e ficou incrível!


Do it. You won't regret.

Bem, é a única receita que usei do livro todo. Mas, já fizemos vááááárias vezes essa receita e diversas variações que ficam sempre tão, tão, tããão boas, que posso afirmar com certeza que o livro já se pagou fácil!!!

Rendimento: 6 pessoas
Tempo de Preparo: 1h

Ingredientes:

1 pacote (500g) de linguine (ou capeline, ou espaguete, ou...) 
4 colheres de sopa de azeite
1 cebola grande picadinha
1 lata de 400g de tomates promíscuos pelados picados (não usar o suco)
3 dentes de alho grandes picados, ralados ou amassados
4 colheres de salsinha fresca picada
sal e pimenta a gosto
800g de vôngoles com casca
1 copo de vinho branco seco
800g de camarão sem casca

Conheça o habitat dos vôngoles em Galos-RN. Algo que nasce em
um lugar paradisíaco desses não tem como não ser maravilhoso, né?!
Como fazer:

Tempere o camarão com sal, pimenta e um dente de alho. 
Aqueça uma frigideira grande (ou Wok pan)com 2 colheres de azeite e acrescente a cebola, refogando em fogo baixo até ficar transparente. Coloque as cebolas no cantinho da panela, aumente o fogo e dê uma rápida selada/fritada no camarão (esse processo leva uns 2 minutos para cada leva de camarão, mas não coloque muitos em cada leva, pois soltarão muita água e irão cozinhar ao invés de selar). Retire os camarões e reserve-os. Em seguida, adicione na frigideira com cebola o tomate picado, os outros 2 dentes de alho, 3 colheres de salsinha, sal e pimenta e cozinhe por cerca de 15 minutos.
Encare como um passa-tempo gostoso ou você vai
se irritar muito nessa etapa do processo.

Enquanto isso, aqueça uma panela com as outras 2 colheres de azeite, coloque os vôngoles com suas cascas lavadinhas e o vinho branco. Tampe e cozinhe por 5 minutos. Em seguida, abra as conchas, retire o molusco (este é um momento bastante terapêutico) e descarte as que não abrirem. RESERVE O CALDO DO COZIMENTO E ALGUMAS CONCHAS COM OS MOLUSCOS PARA DECORAR.

Acrescente meia xícara do caldo do cozimento dos vôngoles ao molho de tomate e cozinhe por mais 2 minutos. Acrescente os camarões e os vôngoles e cozinhe por outros 2 minutos. Verifique o tempero e acerte se preciso. 

Apaixonou? Neste dia foi servido para 9 doutorandos
 famintos, na pré inauguração do D&G (o nosso restaurante
 fictício, para quem ainda não sabe) sob o nome de:
Spaguetini contínuo ao vinho, com multiplicidade de vôngoles e camarões
Acrescente a massa recém-cozida e escorrida na frigideira, misture bem ao molho e decore com a colher remanescente de salsinha e os vôngoles na casca.

A ideia era tirar a foto antes, mas a fome era tanta
que só lembrei já no fim do prato. Ops!
  
PS: O que sobrar do caldo dos vôngoles pode ser guardado para fazer risotos depois.
   





domingo, 12 de julho de 2015

DADINHOS DE TAPIOCA

A nossa história com Dadinhos de Tapioca é uma história de dois erros e um acerto. Para ser mais preciso, um erro, um acerto e depois outro erro. Mas vamos por partes. 

Não adianta inventar muita moda com dadinho de tapioca. Todas as nossas investigações pelas internets da vida indicaram apenas uma forma de fazer, com pouco espaço para manobra. Com o tempo, vamos experimentando e fazendo modificações, mas, por hora, temos uma excelente receita de aperitivo que é fácil, um pouco demorada, e muito gostosa. 

Ah, você não sabe o que é um Dadinho de Tapioca? Bom... é um quadradinho... tipo um dado. Feito com tapioca e queijo coalho. E é muito, muito bão, sendo uma excelente entrada estilo finger food


Dadinhos de Tapioca e sua inseparável amiga Geleia de Pimenta

Agora que você já foi devidamente apresentado ao Dadinho de Tapioca, podemos voltar ao inicio da história.
O primeiro erro aconteceu quando nós achamos que granulado de tapioca era a mesma coisa que goma de tapioca (não é, nem um pouco). O resultado do nosso dadinho com goma de tapioca ficou... diferente. Não necessariamente ruim, mas diferente. Diferente não como o David Bowie é diferente. Diferente mais no estilo Miley Cyrus. Simplesmente não funcionou.

Por favor, pare. 

Bom, outro dia fizemos uma segunda tentativa e deu certo! Muito certo. Tão certo que levou a um segundo erro: fizemos uma quantidade relativamente grande, para um grupo relativamente pequeno. E estava tão bom, que todo mundo (nós inclusive) foi se empanturrando de dadinho de tapioca com geleia de pimenta (e nachos com guacamole, mas isso é para outro post) e ao final, ninguém teve muito apetite para o prato principal. Foi bem tiro no pé. Foi ruim. Mas foi bom. 

Bom, sem mais delongas, a receita mais consagrada e prática de dadinho de tapioca:

Tempo de preparo: 4 horas (mas é bem fácil de fazer, demora mais tempo na geladeira)
Serve: cerca de 15 a 20 pessoas (como entrada) - Na ocasião, nós eramos 5... 

Ingredientes:
- 500g de queijo coalho ralado (grosso ou fino, mas não em pó como o "queijo ralado" sintético de supermercado)
- 500g de tapioca granulada (só para lembrar: tapioca granulada não é igual a goma de tapioca);
- 1 litro de leite;
- Sal e pimenta do reino a gosto.

Como fazer?
 - Numa vasilha grande, misture bem o queijo coalho ralado e a tapioca granulada, com as mãos mesmo, para sentir que ficou bem misturado;
- Numa panela grande, coloque o litro de leite, uma colher de chá de sal e pimenta do reino a gosto. Leve o leite a ferver. Assim que a espuma começar a subir, desligue o fogo.
- Desligado o fogo, jogue a mistura de tapioca granulada e queijo coalho na panela. Vá mexendo bem, observando o queijo derretendo aos poucos (queijo coalho nunca derrete muito) e formando uma pasta grossa não muito homogênea. 
- Pegue uma assadeira de tamanho médio, forre bem com filme de pvc em baixo e dos lados. Distribua a pasta pela assadeira. Use um papel manteiga (ou mesmo filme de PVC, mas é mais chato de fazer) por cima da pasta para uniformizar a distribuição, passando bem a mão pela parte de cima. A ideia é ocupar toda assadeira. É importante ser uma assadeira média: uma assadeira muito grande e a pasta vai ficar muito rasa, se for muito pequena, vai ficar muito grossa. Pense em uma profundidade de 2-3 cm. É importante fazer essa distribuição logo depois do processo de mistura no fogão: quando começar a esfriar, vai endurecer e vai ser bem mais difícil colocar na assadeira do jeito apropriado.
- Colocado a pasta na assadeira, leve para a geladeira por umas 3 horas. O resultado final é um bloco bem firme e uniforme. 
- Divida o bloco em duas metades (para ficar mais fácil de cortar) e comece a cortar os cubos: pense 3 cm de lado aproximadamente. É importante tentar deixar todos do mesmo tamanho (aviso: você não vai conseguir, mas vai dar certo mesmo que uns fiquem um pouco maiores do que os outros). 
- Enquanto corta os cubos, vá colocando em uma outra assadeira, lembrando de deixar um pouco de espaço (1-2cm) entre cada dadinho para o calor circular bem.  Provavelmente você precisará de umas duas assadeiras para colocar todos. Leve ao fogo médio-alto (pré-aquecido) por uns 40-50 minutos (vai depender do tempo do seu forno, talvez até mais), até que fiquem levemente dourados (alguns vão ficar mais brancos, outros mais tostados... eu não tenho preconceito). 
- Outra possibilidade mais rápida: frite os dadinhos em imersão. É bem mais rápido, mas faz mais sujeira na cozinha e não é tão saudável, mas é uma opção.
- Dadinhos prontos? Sirva com geleia de pimenta ou outros molhos agridoces de sua preferência. Com um bom molho thai também fica bom, assim como com chutney de frutas, como de açaí e manga. Enfim, seja criativo com o molho, mas a aposta mais segura é a geleia de pimenta. 

E aí, tem dado em casa?

sexta-feira, 10 de julho de 2015

PANQUECA AMERICANA

Panquecas Americanas são um patrimônio do povo brasileiro. Criadas em 1858 por Eduardo Panqueca, na cidade de Americana-SP, um jovem estudante de direito que tentou fazer uma Torta de Limão para o café da manhã do Dia das Mães e fracassou miseravelmente, a Panqueca se tornou um item obrigatório no café da manhã nacional. Segundo o IBGEI (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas Inventadas), o brasileiro médio consome 967,25 panquecas por ano e, através da determinação do MEC, a panqueca se tornou obrigatória no menu do café da manhã dos estudantes de escola pública. (#truestory)


Nós absolutamente adoramos panquecas. Elas se tornaram uma tradição dos fins de semana, começando alguns meses atrás, no aniversário de 30 27 25 22 anos da Mog. É uma receita muito simples, fácil e preguiçosa, considerando que a panqueca é, nada mais nada menos, um bolo (cake) feito numa frigideira (pan).

Sua cara, agora. 
Mesmo sendo ridículo de fácil de fazer, alguns amigos morando fora compartilharam imagens de  preparos prontos para fazer panqueca. Alguns precisam apenas colocar ovos e leite, truque mais antigo do mundo para criar a ilusão de que você está cozinhando alguma coisa (dica: você não está). Outros sequer se dão ao trabalho de manter qualquer disfarce e atingem uma praticidade em um nível pouco acima do Cup Noodles e logo abaixo do Miojo comum.


Você coloca água até a marquinha, sacode e pronto. Créditos da foto: Fernanda Reichert.
Sim, a Fê faz panqueca assim. A pessoa é quase doutora e faz panqueca desse jeito. Entrego mesmo. 
Em terras brasileiras é até possível conseguir mix de panqueca americana do estilo "basta adicionar água". Mas, além de caros, achamos muito mais digno fazer a panqueca old school, a panqueca pancake, a panqueca de raiz, que ginga na frente do adversário e que ninguém mais faz mundo afora porque, convenhamos, basta adicionar água e dar uma sacudida...

Retratado: Nosso Mix de Panqueca. 

Tempo de Preparo: 15 minutos
Rendimento: Umas 6 panquecas que servem 2 pessoas normais, 1 pessoa com muita fome, 0,25 americano médio, 4 carolinas turcato.

Ingredientes:

- 1 xícara de farinha de trigo (nível amador) ou 3/4 de xícara (nível profissional);
- 1 pitada de sal;
- 2,5 colher de sopa de açúcar;
- 1 colher de chá de fermento;
- 1 colher de sopa de manteiga derretida (pode ser manteiga clarificada, para os intolerantes a lactose)
- 1 colher de chá de essência de baunilha (se não tiver, não tem problema);
- 120 ml de leite (sem lactose, para os intolerantes);
- 1 ovo.

Como fazer?



- Explicando a questão da farinha: todas as receitas vão te dizer para usar uma xícara, ou pouco mais do que isso. Ok, muito bom, muito lindo, a sua panqueca ficará uma delícia, você terá orgulho dela e vai ficar num formato bacana e pá. Legal. Mas, maaaas, mas, se você fizer com um pouquinho menos de farinha, 3/4 de xícara para ser mais preciso, a sua panqueca vai subir de nível assustadoramente. Vai ficar mais leve e mais saborosa. O problema: ela vai ficar mais molhada enquanto estiver crua e mais difícil de manipular/virar, etc. Se você já possuir o controle ninja para virar a panqueca e não se incomodar com algumas imperfeições no formato, então ótimo, go for it. Caso contrário, vá na versão de uma xícara, garanto que também vai ficar muito boa. Mas não tão boa quanto a versão 3/4, but whatever.

- Para começar, peneire a farinha, o açúcar, o sal e o fermento em uma vasilha. Pode peneirar tudo junto, sem medo.
- Em outra vasilha, bata o ovo um pouquinho e adicione o leite, a essência de baunilha e a manteiga derretida. Misture tudo.
- Vá acrescentando aos poucos os ingredientes molhados nos ingredientes secos, misturando tudo bem. Quando já tiver colocado todos os molhados, bata bem até ficar uma massa homogênea.
-Na hora de fritar, muita calma. Fogo médio/médio-baixo (vai depender do seu fogão). Se tiver uma frigideira com bom teflon, use e não coloque mais nada! Se não, um pouco de manteiga para untar (uma colher de chá cheia já rola). Não invente de usar óleo de cozinha, vai ficar nojento.
- Use uma concha para colocar a massa na frigideira. Uma conchada para cada panqueca.
- Quando começar a borbulhar na parte de cima é hora de virar. Atenção porque não demora muito para começar a borbulhar (cerca de 1 minuto).

-Depois que virar, também é bem rápido. Mais uns 20-30 segundos e já deve dar para tirar, mas lembre-se que fogões e panelas vão variar o tempo de preparo. Quando a parte debaixo estiver num tom pardo médio, já está pronto.
-Sirva com: Maple Syrup (também conhecido por aqui como Xarope de Bordo), que é insanamente caro, ou com Xarope de Agave (que é um pouco caro, mas muuuito bom), ou calda de frutas (um tanto de geleia de sua preferência, um pouco de água, uns dois minutinhos de panela - a de frutas vermelhas fica diliça). Enfim, seja criativo com o acompanhamento!


Retratado: Felicidade.

Ah, e só mais uma coisa!



- Quer subir de nível com uma gordice muito gordosa????? Pique uns 50 gramas (ou 100) de chocolate (com ou sem lactose) e incorpore à massa. Vai ficar com uma textura de flocos. Frite normalmente. Com isso você terá... CHOCOLATE CHIPS PANCAKES!!!! Véi... assim... véi. Faça. Coma. Agradeça-me depois.