sábado, 28 de fevereiro de 2015

NHOQUE DE BATATA DOCE COM AVEIA

São Pantaleão, patrono dos médicos, invocado para
 a cura do cancro, da tuberculose e da pobreza daqueles
 que não comem nhoque

Não sei se lhes é familiar o mito do nhoque da fortuna, portanto, aqui o compartilho. Conta a lenda que São Pantaleão, um santo católico, patrono dos médicos, que viveu no século III e IV (275 d.c. a 305 d.c.), num certo dia 29 de dezembro, vestido de andarilho, perambulava por um vilarejo da Itália. Faminto, bateu a porta de uma casa e pediu comida. A família era grande e tinha pouca comida, mas apesar disso, eles não se importaram em dividir o seu nhoque com o andarilho, cabendo a cada um 7 massinhas. São Pantaleão comeu, agradeceu a acolhida e se foi. Quando foram recolher os pratos, descobriram que embaixo de cada um havia bastante dinheiro. Por isso, tradicionalmente, todo dia 29 é dia do nhoque da fortuna ou da sorte, acompanhado do famoso ritual de colocar dinheiro sob o prato, comer os primeiros sete pedacinhos em pé, fazer um pedido para cada um deles e depois, comer à vontade. 
A simpatia é simples: coloca-se uma nota de qualquer valor sob o prato com nhoque. Pode ser dólar, real ou qualquer moeda estrangeira. Em seguida, fique de pé e concentre-se para iniciar o ritual. No prato, separe sete nhoques e coma um a um. Para cada nhoque, faça um pedido diferente. Depois, sente-se e saboreie o restante do prato. O dinheiro colocado sob o prato deve ficar guardado até o próximo dia 29, para garantir a fartura. Outros dizem que deve ser dado a alguém que necessite ou usado quando for feita nova simpatia.
Há alguns meses estou com desejo de compartilhar esta receita de nhoque com vocês. No entanto, o mito do nhoque da fortuna deixa bem claro que o dia de comer nhoque é o dia 29! Sei que os meses têm se passado e eu, por motivos diversos, sempre perco o maldito dia 29 e acabo deixando para escrever a receita no mês seguinte. Sei também que neste momento 67% dos nossos leitores (o equivalente a duas pessoas, considerando que tenhamos uns 3 leitores fiéis) deve estar se questionando: "por que djabo essa ôme não escreveu essa receita qualquer dia e deixou programado pra publicar no dia 29?!". Então, sei que existe essa ferramenta, mas eu realmente gosto de escrever e postar ali, no calor do momento... não queria perder isso... Enfim, a solução que encontrei foi escrever a receita agora, em fevereiro, em um ano que não é bissexto e, portanto, não tem dia 29, simplesmente porque f@d@-$&! É isso aí, vamos comer nhoque todos os dias, em todas as refeições, porque é muito bom e quem inventou que ele só dá sorte nos dias 29s é muito chato! xô!!! E vou comer quantos nhoques quiser, plantando bananeira, com os pés na cabeça ou sentada feito Buda, fazendo quantos pedidos eu quiser... porque, porque, porque... ninguém manda em mim!
Isso muda uma vida!
Ps: caso ainda não tenha, sugiro que o seu primeiro pedido seja uma nhoqueira. 


Tempo de preparo: 1 hora
Rendimento: 6 porções 

Ingredientes:
1 kg de batata doce
1/2 xícara de farinha de trigo
1/2 xícara de farinha de aveia
1 ovo
sal, pimenta e noz moscada a gosto

Modo de preparo: 
Cozinhe as batatas doce até que fiquem molinhas. Descasque-as (caso não tenha feito isso antes) e amasse-as ainda quentes. Em seguida, coloque o "purê" em um recipiente (tipo bowl) grande e vá acrescentando, aos poucos, os demais ingredientes até que forme uma massa homogênea e levemente elástica. Ferva uma panela com água e, em seguida, vá colocando a massa na nhoqueira, cortando magicamente as bolinhas sobre a água (caso não tenha nhoqueira, sinto muito, você terá que enfarinhar uma bancada e se aventurar a fazer rolinhos e cortá-los ao tamanho de uma cabeça de dedo - cuidando para não cortar junto a cabeça do seu dedo!). Retire-as quando estiverem boiando. Isso acontece bem rápido, entre 1 e 2 minutos. Use o molho de sua preferência (bolonhesa, branco, 4 queijos (socorro!), ao sugo, pesto, com camarões, shitake...) e buon appetito!!!

Com molho de tomate c/ camarões e toque de pesto de manjericão

   

   


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